SEJAM BEM-VINDOS

quarta-feira, 1 de novembro de 2017


BRASIL EM TRÂNSITO
                      ...e a história se repete!
                 
22 de abril de 1500...
Espia o imenso céu anil
O singrar de 13 caravelas
Ao sabor do bom ventar...                                           
Tempo febril das grandes navegações
Ditos grandes navegadores
Na travessia do Atlântico,
De novas terras desbravadores!

Entre tantos históricos contos,
Cabral avista, à primeira vista
Terra à vista: o Monte Pascoal.

Nova e tênue luz
Designa uma ilha ser
Ilha de Vera Cruz.

Um evidente clarão
Leva o português a ver
Um imenso continente,
Dourada “Terra de Santa Cruz.”

Em desbravando a terra
Minérios preciosos
Ao alcance de mãos ociosas
Trava-se a guerra
No trânsito da história
Do ouro reluzente
Do ouro natural da nativa floresta
Tropical e virgem ardente
Descoberta e ainda coberta
Exuberância em festa: o pau-brasil...
Riquezas mil.

A imensidão era tanta,
Que a terra santa
Passou a ser chamada de BRASIL!

Assim como o nativo,
Gutural selvagem
descrito por Caminha
Em carta à Portugal
O nativo em babel linguagem
Vivendo na idade da pedra
Figura num quadro, a imagem
Despidos os nativos primitivos
Inocência leiga, cultura antropofágica
Impacta com a cultura eurocêntrica antalógica.

Da errônea chegada às Índias
Pela expedição portuguesa
A população de nativos
De índios é denominada.
Bússola errônea,
Brasil, nome atual
Hoje trivial.
A história se repete!

Cadê os minérios preciosos?
Cadê a população indígena?
Cadê a mata, seu tudo?
Cadê a floresta nativa de pau-brasil?
Os portugueses levaram
O ouro nas minas exploraram.
E com o índio deslumbrado
Por quinquilharias, pente e espelho,
Muito ouro foi trocado
Um Brasil bem achado
E o nativo escravizado
Por algozes exterminado.

A história se repete...
Povo nativo brasileiro
Historicamente roubado

Brasil colônia...
Exploração desenfreada
Altos impostos da coroa portuguesa
Por indignação e aparente nobreza
Pelo monarca D. Pedro I a independência
É proclamada:
“Laços fora” declara à Portugal!
Depois Deodoro, o Marechal
Proclama a República provincial.
“Dos grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil”
A história se repete!
Da ditadura governamental
À democracia atual             

O Brasil descoberto já habitado
Do século XV ao século XXI
Continua fraudado.

Meu Brasil
“Quem te vê, quem te viu...”
2017..
Corrupção, altos impostos,
Crise, imposições governamentais,
Nova roubalheira à nação brasileira
Nestes percalços a história se repete!
“Eu na praça a dar milho aos pombos,
  O povo brasileiro a ver navios!”
  A história se repete!
  É o Brasil em trânsito...
                                       
COLABORAÇÃO: Professora Evani M. L. Riffel


Nenhum comentário:

Postar um comentário