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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

CRÔNICA:VISITANTES CURIOSOS

Professora: Evani Marichen Lamb Riffel

Em meados da primavera de 2011, uma manhã agradável e ensolarada, 29 de setembro, num animado tagarelar matutino embarcamos no transporte coletivo de Capinzal rumo a Piratuba. Somos alunos e professores da Escola Municipal Dr. Vilson Pedro Kleinubing.

Um pouco de nossa história...

A Escola Dr. Vilson Pedro Kleinubing iniciou seu funcionamento no dia 31 de março de 1997 com extensão do Grupo Escolar Bernardo Moro Sobrinho, com o objetivo de atender a grande demanda escolar de alunos do bairro, já que o acesso às escolas mais próximas era dificultoso. Esta funcionava em dependências alocadas localizadas no Loteamento João Evangelista Parizotto, atendendo 150 alunos.

Em 02 de fevereiro de 1988 foi criada a Escola Municipal Loteamento Parizotto, através do decreto N° 006/98 e a escola continuou funcionando nessas instalações até dezembro de 1999, enquanto isso estavam sendo construídas as novas instalações da escola situada a rua Santo Domenico Calza, n 45, Loteamento Projeto Desafio, Bairro Parizotto –Capinzal, com recursos viabilizados pelo Governo de SC, mobiliada e equipada pela empresa MAESA (Machadinho Energética S/A) através de doações ao Município.

Finalmente em 24 de fevereiro do ano 2000, foi inaugurado o novo prédio da escola, pelo decreto lei

n° 002/2000, transformado na lei n° 2184 foi outorgado o nome da escola q ue passou a chamar-se Escola Municipal Dr. Vilson Pedro Kleinubing, em homenagem ao ex-Governador do Estado.

Devido ao número crescente de alunos, que em 2001 somavam 410 matriculandos, amplia-se a escola. E, em 2007 conta com 585 alunos. Acontece em 2010, nova ampliação do espaço físico da escola, que hoje comporta 620 alunos, recebe novamente verbas da referida empresa MAESA repassadas a Prefeitura Municipal de Capinzal. Esse repasse se deve em parte a um projeto ambiental desenvolvido na escola e adjacências, ou seja, estende-se ao bairro.

A reeducação e conscientização da preservação ambiental vem em forma também de ações, como o recente plantio de árvores frutíferas (laranjeiras) nos canteiros centrais do bairro, arborização e frutas. Visualiza-se já no minúsculo alvo florescer das mudas plantadas um futuro laranjal que encherá os olhos dos moradores do bairro. A escola cresce com as crianças que crescem espelhando uma educação de sonhos como este de se estar à sombra dos laranjais colhendo frutos de ações conjuntas.

Transportados... Da história, do sonho ao real dia 29 de setembro de 2011 um passeio de estudos nos transporta à Piratuba, em tupi-guarani “abundância de peixes”, outrora, hoje vislumbramos abundância de paisagens naturais no trajeto em na chegada, abundância de riqueza histórica na Casa da Memória que acerva painéis de registros fotográficos de ontem e de hoje, mantém relíquias da antiga moradora da referida casa, Sra. Min Ko Freitag, aposentos com mobiliário original antigo, um amplo banheiro azul celeste, cuja enorme banheira azul deslumbrou nossos alunos, um espaço com um encantamento oculto sob o olhar de um retrato indígena que parecia guardar os achados arqueológicos que o rodeavam no colonial armário os mesmos expunham-se comprovando a histórica ocupação de índios na região do Baixo Vale do Rio do Peixe.

Karim kirst, nos conduz e conhecedora da história que paira entre nós naquele acervo como testemunho real, relata em certo momento um fato curioso às crianças:

-Os índios quando mortos eram enterrados pela tribo, dentro de um grande pote de barro, e a posição era sentados de cócoras, fato comprovado diz ela, por achados arqueológicos.

O tempo desliza suave e rápido naquele lânguido olhar ao passado, mas o nosso espaço temporal é breve. Embarcamos rumo à escola Amélia Polleto Heep, diga-se de passagem, para nós, abundância em tecnologia, à que um aluno pergunta curioso e extasiado: -Prof., a escola é pública?..

Sim, é pública, e parece tudo o que se buscaria numa particular, isto é, pagando bem. Que boa abundância de qualidade para todos, inclusão efetiva.

Nosso tempo quase esgotou, restam 30 minutos e ao embalo do coletivo aprecia-se pelo vitral a pitoresca paisagem piratubense, verdejante e pacata que nos conduz à Linha Férrea São Paulo/ RGS. Naquele trem magistral, inóquo e antigo, hoje fazendo parte da ABPF (Associação Brasileira de Preservação Ferroviária), uma entidade civil, de caráter histórico cultural, instrutivo e recreativo, sem fins lucrativos, com a finalidade de difundir o transporte ferroviário, resgatar e preservar em funcionamento o material ferroviário antigo, considerado absoleto para uso comercial, mas que deve contar a história da memória ferroviária brasileira para as futuras gerações.

Rebuscando abundância de quisitos históricos para nosso relatório, que tardio mesclou-se a palavra, ora lagarta, ora borboleta, que em crisálidas mentes na metamorfose da palavra, a crônica se apresenta homenageando Piratuba no intrépido volver do tempo e da história...

Nossos alunos, visitantes curiosos que vem e vão com uma pitada de novos saberes na bagagem...

Identificando os visitantes:

Escola Dr. Vilson Pedro Kleinubing

Diretora: Márcia Manfredini

Turmas: 5° ano (1,2,3,4)

Professoras acompanhantes: Lilian Dorini, Luciana Baretta,

Cristiane, Patrícia, Evani M. L. Riffel

Locais visitados em Piratuba:

*Casa da Memória

*Escola Amélia Polleto Heep

*Linha Férrea são Paulo/ RGS (atual ABPF)




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