A
fase intermediária entre a infância e a fase adulta, chamamos de adolescência.
É um período de relativa mudança, tanto no aspecto físico quanto no
psicológico, carregado de conflitos internos e externos. Ao trabalhar esse tema
em sala de aula, na disciplina de Ensino Religioso, ministrada pela professora
Vanderleia, tivemos a grata surpresa de compartilhar do olhar que a aluna,
adolescente, Maria Eduarda tem sobre a adolescência, relatado por ela no texto
a seguir.
Adolescência
É
nessa época em que as descobertas criam aquela confusão que só quem já viveu ou
está vivendo sabe como é. Tudo simplesmente parece se juntar em uma bomba
pronta para explodir a qualquer momento, dentro da gente.
É
hora de jogar fora todos os brinquedos e ir para festas com os amigos, mas, às
vezes, você é novo demais para isso e, ao mesmo tempo, velho demais para
aquilo. Então sua idade não faz mais sentido algum, assim como seus pais, seus
amigos, suas paqueras, sua escola, de repente nada faz sentido, você mesmo não
faz sentido algum.
A
saudade da facilidade e inocência da infância só aumenta, mas a vontade da
aparente liberdade da idade adulta também não é pequena.
Aí
você cria mil e um sonhos para realizar quando for mais velho (ou amanhã, quem
sabe?), e o tempo parece nunca passar, parece ter ficado preso na criação dos
sonhos e nunca irá para a hora de, finalmente, realizá-los.
O
relógio só volta a funcionar quando te perguntam “qual faculdade você vai
fazer?” e você não tem resposta. Talvez um “ainda não sei, alguma coisa que eu
goste e me dê bem”, mas você não tem certeza do que gosta, no que vai se dar
bem.
É
aí que o relógio fica super rápido e você percebe que é hora de pensar no
futuro. E quando vê, o futuro é hoje, é próximo ano, é daqui a 10 anos, o
futuro foi ontem.
Então
você se tranca no quarto, se joga na cama e mesmo sabendo que tem muita gente
passando por isso, também se convence que é só com você, que o mundo te odeia.
Depois você dorme, porque nessa idade, muitas vezes, dormir é a coisa menos
complicada de se fazer.
Maria Eduarda
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