O SEGREDO
ACREDITAR
DE NOVO
(Professora
Evani M. L. Riffel)
A palavra segredo fascina ao longo da
vida a qualquer mortal. Desperta curiosidade dando a idéia de uma receita
pronta, quem não a quer dependendo do quitute?..
Sucesso profissional... Reconhecimento...
Fortuna...
Paz...Harmonia...Hegemonia...
Ah! Passem a receita, por favor,
também quero.
Segundo o Aurélio a palavra segredo neste sentido define-se como
mistério; enigma; sigilo; ou prefere-se a definição de segredo como assunto;
manobra; negócio; conhecido apenas de
poucas pessoas; ou a versão em asterisco: segredo
de polichinelo – aquele que
todos conhecem.
Há algum tempo atrás, num dos aniversários
da vida, ganhei um presente preciosíssimo, embalado num embrulho dourado,
enlaçado em delicada e acetinada fita vermelho púrpura.
– O que era?
Adivinhe se puder!
Assombre-se!!!...
Era o “SEGREDO”. Receita para os quitutes
mais requisitados “da vida”. Apenas um maravilhoso livro a desvendar página por
página o “Segredo”.
Caro leitor, há presente mais singelo que
um livro para um assíduo leitor?
Li avidamente, meu interesse aumentou
quando deparei com o depoimento de grandes personalidades da humanidade, que
descobriram o “Segredo” da realização pessoal, do sucesso...
No decorrer da leitura também me empolgou a idéia de planejar uma meta
no sentido de:
-Quanto almejo ganhar este ano?
Um big cheque grudado no teto opaco do
meu quarto, que sob a tênue luz do abajur faísca $ $ $ $ $ $ $... NO VALOR
DESCRITO EM TINTA
DOURADA.
Please, leitor:
-Como alcançar esta quantia se meu
salário é fixo, piso salarial nacional e minha dedicação, amor ao ofício,
camisa suada, não se somam ao “piso”?
Ah! Descobri! Vou ler o “Segredo” até
THE END!
Descobri, caro leitor!.. O verdadeiro
segredo do sucesso financeiro. A meta do cheque gigante grudado no teto pode
ser eficaz, ou seja, alcançada: ouse, mude de profissão...
Ou...
Não se arrependa de ser professor,
profissão desacreditada, ou não se arrependa de desistir de um sonho e
continue...
... Para não “ser menor que seu
sonho”! (Lindolf Bell)
Que pena! Ao longo da vida sonhos e
pessoas medem-se pelo valor monetário.
E...
Eu, professor, reproduzindo esta
sociedade capitalista. Desistir de um sonho para depositar na conta pessoal o
valor real do cheque gigante grudado no teto do meu quarto.
...
...”Também eu tenho servido de
agulha a muita linha ordinária”. (Machado de Assis in artigo de Rosane
Cordeiro- DC- 10/12/2012 – P. 14).
Em 2013 resta aos sonhadores, não
ousados,
“acreditar de novo...”
Psiu! É segredo polichinelo !